Depressão na Menopausa: Como Equilibrar Corpo e Mente
- Vanessa Olivier
- 21 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de mai.
Depressão na menopausa é um tema que muitas de nós vem enfrentando, infelizmente. Essa fase da vida, que marca o fim dos ciclos menstruais, vem acompanhada de uma série de transformações físicas e emocionais. E a depressão está entre os desafios mais comuns. Sim, ela pode bater à nossa porta nesse período, e não estamos sozinhas nessa jornada.
Segundo uma pesquisa publicada na revista Nature Mental Health, cerca de 80% das mulheres na menopausa desenvolvem sintomas neuropsiquiátricos, como irritabilidade, insônia e, em casos mais graves, depressão.
Mas por que isso acontece? E o que podemos fazer para enfrentar esse turbilhão hormonal com mais leveza e saúde? Vamos desvendar juntas os mistérios da menopausa e descobrir como cuidar da nossa mente e do nosso corpo nessa fase tão importante.

Menopausa: Muito Mais do que o Fim da Menstruação
A menopausa é um marco natural na vida da mulher, mas ela não vem sozinha. Com a interrupção da menstruação, os ovários diminuem drasticamente a produção de hormônios como estrogênio, progesterona e testosterona. Esse fenômeno, chamado de falência ovariana, pode desencadear uma série de sintomas físicos e emocionais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, haverá 1 bilhão de mulheres em todo o mundo enfrentando os sintomas da menopausa. No Brasil, já são cerca de 18 milhões de mulheres nessa fase. E, como se não bastassem as ondas de calor, o ressecamento vaginal e as mudanças na pele e no cabelo, muitas de nós também lidamos com alterações de humor, ansiedade e, em alguns casos, depressão.
Depressão na menopausa: por que isso acontece?

A queda abrupta dos hormônios, especialmente do estrogênio, tem um impacto direto no nosso cérebro. O estrogênio não é apenas um hormônio sexual; ele também regula neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão diretamente ligados ao nosso humor e bem-estar. Quando os níveis de estrogênio caem, é comum sentir:
Irritabilidade;
Instabilidade emocional;
Falta de disposição;
Dificuldade para dormir;
Baixa libido;
Problemas de memória.
Além disso, a pesquisa publicada na Nature Mental Health revela que, durante a perimenopausa (os anos que antecedem e sucedem a última menstruação), muitas mulheres desenvolvem sintomas neuropsiquiátricos, como depressão e até transtorno bipolar. Isso acontece porque o desequilíbrio hormonal afeta diretamente a química do cérebro, aumentando o risco de transtornos mentais.
Como Identificar a Depressão na Menopausa?
A depressão na menopausa pode se manifestar de diferentes formas. Alguns sinais de alerta incluem:
Tristeza persistente;
Falta de interesse em atividades que antes davam prazer;
Cansaço excessivo;
Dificuldade de concentração;
Alterações no apetite;
Pensamentos negativos ou de desesperança.
Se você está passando por alguns desses sintomas, é importante buscar ajuda médica. Em reportagem publicada no jornal Estado de Minas, o professor doutor Walter Pace, ginecologista e titular da Academia Mineira de Medicina, alertou que muitas mulheres acabam recorrendo a antidepressivos e ansiolíticos sem tratar a causa real do problema: a carência hormonal.
“Infelizmente, em vez de tratar a causa (queda dos hormônios), são utilizados medicamentos antidepressivos que causam dependência e uma série de efeitos colaterais. Muitas vezes, só com o tratamento hormonal as pacientes já melhoram”, explicou o especialista ao jornal.
Tratamento para Depressão na Menopausa: Equilíbrio Hormonal e Autocuidado

A boa notícia é que a depressão na menopausa tem tratamento, e ele começa com um acompanhamento médico individualizado. O primeiro passo é fazer um diagnóstico preciso para entender se os sintomas estão relacionados à carência hormonal ou a um transtorno psiquiátrico.
Em muitos casos, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma aliada poderosa. Ela ajuda a repor os níveis de estrogênio e outros hormônios, aliviando não apenas os sintomas emocionais, mas também os físicos, como ondas de calor e ressecamento vaginal.
Além disso, práticas de autocuidado podem fazer toda a diferença:
Exercícios físicos: A atividade libera endorfinas, que melhoram o humor e reduzem o estresse.
Alimentação equilibrada: Invista em alimentos ricos em ômega-3, vitaminas do complexo B e magnésio, que ajudam a regular o humor.
Terapia psicológica: Conversar com um profissional pode ajudar a lidar com as mudanças emocionais dessa fase.
Meditação e yoga: Práticas de mindfulness ajudam a reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.
Menopausa Não É Sinônimo de Sofrimento
Amiga, a menopausa é uma fase de transformação, mas não precisa ser um período de sofrimento. Com o acompanhamento médico adequado e práticas de autocuidado, é possível enfrentar os desafios dessa fase com mais leveza e saúde.
E se você está passando por isso, lembre-se: você não está sozinha. Busque ajuda, compartilhe suas experiências e, acima de tudo, cuide de si mesma com carinho e respeito.
E aí, gostou das dicas? Já passou ou está passando pela menopausa? Conta pra gente nos comentários como tem sido sua experiência. Vamos trocar ideias e nos apoiar nessa jornada!
Beijos e até o próximo post! 💋
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